21 de março de 2011

CLXXXIX - Árvore Cósmica

A árvore cósmica para os druidas representava o “centro”, ponto de união entre o macro e o micro: a sua seiva supria a chuva celestial e os seus frutos proporcionavam a imortalidade (o retorno do ser a um estado paradisíaco).

Assim ocorria com os frutos da Árvore da Vida que se encontrava no Éden, as maçãs de ouro do Jardim de Hespérides e o pêssego da Si-wang, a seiva de Haoma Iraní. O Hiomarigi japonês também é valorizada como uma árvore cósmica, igual a Boddhi, junto da qual Buda alcançou a plena iluminação.

O simbolismo chinês conhece a árvore da fusão: une o Ying com o Yang (Cruzamento das flores masculinas e as femininas da árvore).


Assim mesmo, as categorias das árvores: as folhas caducas e as folhas perenes estão afetadas por signos opostos: um simboliza o céu das mortes e renascimento; e o outro representa a imortalidade da vida, quer dizer, das manifestações diferentes de uma mesma identidade.


Na Bolívia e no Haiti, a árvore não é só deste mundo, ela sobe para mais longe. Vai dos infernos aos céus, como um caminho de viva comunicação.


Para os celtas a árvore cósmica tinha o nome de Bilé, no idioma irlândes, e a germânica se chamava Iggdrasil no idioma antigo nórdico (Old Norse).