28 de setembro de 2006

XXXVI - Prima Vera


Gostava de morrer flor
Numa vida sacrificada
Por uma mão que ama.

Numa vida santificada
Por uma calma na alma.

Gostava de morrer flor
Oferecida por amor.

-Vida arrancada num só gemido-

Flor a morrer.
Amor a crescer.

Assim, eu, flor moribunda,
Esvaída numa morte tonta e zonza,
Oferecida por amor,
Esvanecida num fim supremo,
Acho-me no meu destino:
No beijo dos amores, na beleza dos odores,
Na simplicidade das minhas cores.





Moribunda, moribunda...
No colo do teu calor,
Eu, ainda flor, adormeço pelo teu ardor.